Três equipes formadas por universitários da UFP participam da disputa, entre os dias 20 a 23 de outubro, em São José dos Campos, SP.
10/09/2011
Três equipes de estudantes da Universidade Federal do Pará (UFP) trabalham na construção de aviões rádiocontrolados para disputar a 13ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, que será realizada de 20 a 23 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP. A competição reunirá 97 equipes de 67 instituições de ensino do Brasil, Venezuela e México.
Ao todo, cerca de 1,4 mil participantes, entre estudantes de engenharia, além de professores e pilotos, foram desafiados a projetar e construir aviões rádiocontrolados e estes serem submetidos a avaliações teóricas e práticas, conduzidas por engenheiros da indústria aeronáutica.
As três equipes – Iaçá e Uirapuru, de Belém, e Águia de Marabá, de Marabá –, todas da Classe Regular, serão as únicas representantes da região Norte na tradicional competição de engenharia aeronáutica. Esta é a primeira vez que o Pará será representado por três equipes e, também, por uma equipe oriunda do Interior do Estado, no caso pela equipe Águia de Marabá.
Com 11 universitários, a equipe de Marabá prepara um monoplano com aplicação de bambu na fuselagem, além de isopor, liga de alumínio e madeira da região Norte. O avião pesa 4 kg e foi projetado para transportar até 6 kg de carga. Para a equipe estreante, a experiência com o projeto é muita rica. “Além do aprendizado técnico em si, o maior legado é aprender a trabalhar em equipe, que permite transpor todos os obstáculos de forma mais fácil”, afirma Rodrigo dos Santos, capitão da equipe.
De Belém, a equipe Uirapuru, com 14 estudantes, aposta num monoplano de cauda dupla, com asas que se afunilam na base horizontal em formato triangular, para garantir estabilidade durante o voo. Fibra de carbono, madeira balsa, resina e termoadesivo são alguns dos materiais utilizados no projeto, que pesa 4 kg e tem capacidade para transportar até 8 kg de carga.
“Nosso monoplano preza pela eficiência e simplicidade, e o seu ponto forte é a parte estrutural, pois conseguimos aliar leveza e força ao projeto”, afirma o capitão Luiz Lopes, ao lembrar que em 2010 o avião da equipe caiu devido a forte rajada de vento. O Pará será representado, ainda, pela equipe Iaçá, formada por seis universitários, também da UFP, em Belém.
COMPETIÇÃO - As avaliações e a classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme o regulamento baseado em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica e disponível no site da SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br . Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma Classe Aberta e uma da Classe Micro, que obtiverem melhores pontuações ganham o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2012, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: cinco primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Aberta e um primeiro lugar Classe Micro. A SAE East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.
CATEGORIAS – Os aviões da Classe Regular, são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61 in3). O regulamento impõe restrições geométricas, e este ano houve novas delimitações nas dimensões máximas das aeronaves, que devem aparecer na competição com compartimentos de carga maiores em comparação aos anos anteriores. Os projetos da categoria devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada, de 50m.
Na categoria Classe Aberta, a distância de decolagem também é de 50m e as aeronaves devem ter instrumentos para medir tempo de voo. Os aviões da categoria não têm restrições geométricas ou número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores esteja entre 10,65 cm3 (0.65 in3) e 15,07cm3 (0.92 in3).
A Classe Micro traz a opção de lançamento da aeronave à mão. O avião da categoria não têm restrição geométrica nem ao número de motores, porém a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,125m³. As aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 25m (30m em 2010).
Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação (stricto sensu), de Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas.
Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL, ressalta que o projeto SAE BRASIL AeroDesign completa a formação técnica dos futuros engenheiros. “É um reforço extracurricular, um estímulo às boas práticas da engenharia requeridas pelo mercado, como o trabalho em equipe, capacidade de liderança e planejamento, habilidade de vender ideias e projetos, além de incentivar o comportamento ético e profissional”, afirma.
Jornal A Crítica - Manaus/Am
Estudantes da Unip/Manaus disputam competição de engenharia aeronáutica da SAE Brasil
A XII Competição Sae Brasil AeroDesign acontece de 21 a 24. Os estudantes de Manaus vão disputar com mais 93 equipes, num total de 1,3 mil participantes.
Pará
A Equipe Uirapuru, da Universidade Federal do Pará (UFPa), participará pela segunda vez na competição e levará um monoplano de asa alta, com sistema de frenagem aerodinâmica, que ajudará na decolagem e aterrissagem. O avião da Equipe Uirapuru pesa 3 Kg e pode transportar 9Kg de carga. O projeto anterior pesava 4,7 Kg e carregava 4,5 Kg de carga.
Para a equipe, o projeto AeroDesign é muito importante, apesar das dificuldades, pricipalemnte com patrocínio e logística. " È um exercício para o nosso futuro, porque aplicamos o curso na prática", comenta Luiz Paulo Lopes, estudante do 6º semestre de Engenharia Mecãnica e capitão da equipe, que espera obter a melhor pontuação da região Norte. A Universidade paraense também será respresentada pela equipe Iaça.
Jornal Amazônia Hoje - PA
Jornal O Liberal - PA
Aerodesign - Apesar da falta de apoio, dois grupos estarão entre feras mundiais da área
Duas equipes de engenharia mecânica da Universidade Federal do Pará (UFPA) participarão, entre 21 a 24 deste mês, em São Carlos (SP), da 12º competição SAE Brasil Aerodesign. São mais de 90 inscritos de várias universidades brasileiras e do exterior - como Estados Unidos, México e China - na competição de aviões radiocontrolados. Os vencedores representarão o Brasil na East Competition 2010, nos Estados Unidos. A competição é dividida em três categorias: classe aberta, regular e micro. A grande missão é fazer o avião decolar e dar uma volta de 360º sem que a aeronave sofra qualquer dano. Sendo que, a cada quilo que a aeronave carrega, mais pontos a equipe acumula. Desde o ano passado, as equipes Iaçá e Uirapuru desenvolvem os seus projetos e estão nos preparativos finais para a competição.
A equipe Iaçá participa da competição pela segunda vez, na categoria regular, e começou a desenvolver o projeto de sua aeronave em dezembro do ano passado. Os doze integrantes da equipe irão levar dois aviões com estrutura de bambu, isopor, alumínio e nylon. Cada um pesa 3 quilos e tem 2,5 metros de envergadura e 1 metro de comprimento. "Esperamos ficar entre os 20 primeiros", afirma o estudante do 6º semestre e capitão da equipe, Anderson Silva Alcântara. "Isso é um projeto multidisciplinar, aprendemos sobre logística e produção. A competição possibilita o intercâmbio entre as universidades, além de mostrarmos o valor do Pará na aviação brasileira, apesar de a aeronáutica ser pouco desenvolvida na região", diz.
A equipe Uirapuru, que participou da competição em 2008, é composta por seis integrantes e desenvolve seu projeto desde outubro de 2009. O avião da equipe é feito de madeira balsa, fibra de carbono e alumínio, pesa 3,5 quilos, mede 2,65 metros de comprimento e 3 metros de envergadura. "Queremos também testar o miriti, já que é uma peça regional, mas ele é muito fibroso e não cola direito. Estamos fazendo estudos e testes para ver como ele poderá ser usado", comenta o estudante do 6º semestre e capitão da equipe, Luiz Paulo Nobre.
INVESTIMENTO
INVESTIMENTO
Cada avião da equipe Iaçá está orçado em R$ 1 mil e o estudante relata a falta de apoio às pesquisas de ciência e tecnologia. "No início, nós não tínhamos apoio, fazíamos uma coleta tirando tudo do nosso bolso para a construção do avião. Quase no final, uma empresa nos cedeu algumas ferramentas. Agora, o projeto foi aprovado por uma mineradora, mas ainda está em processo burocrático", afirma Anderson Silva Alcântara. Já a equipe Uirapuru permaneceu meses sem nenhum patrocínio. Atualmente, conta com o apoio de cinco empresas. "Nós começamos com o nosso próprio dinheiro. A construção do avião custa, em média, R$ 3 mil", destaca Luiz Paulo Nobre.